Atualmente, um dos assuntos mais polêmicos, aqui no Brasil, versa sobre biografias não autorizadas. Confesso que fiquei um tempo confusa, com minha opinião dividida entre aqueles que defendem e os que são contra.
Refletia sobre os que morreram, os que foram torturados, os que desapareceram e todos aqueles que lutaram, durante o período da ditadura, pela democracia, liberdade de expressão, contra a censura.
Ao mesmo tempo, pensava, que todos tem o direito a privacidade. Eu não gostaria que minha vida fosse devassada e meu lado, digamos, menos nobre, tivesse publicidade.
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Alguém disse : "A vida de uma pessoa pública, pertence a todos nós". E assim é.
Todos aqueles que de uma forma ou de outra fizeram história e / ou contribuíram positivamente ou não para a história de seu país, podem sim ser biografados.
O que ocorre é que os ídolos querem ser idolatrados, para sempre.Não admitem que o lado menos cor de rosa de suas vidas seja revelado.Isso os tornariam humanos e não é assim que querem ser lembrados, na posteridade.
É claro que as biografias revelam os fatos que não foram vistos sob os holofotes.

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Uma outra razão para a briga biografados x biógrafos é o dinheiro. Alguns julgam que o biógrafo não tem o direito a ser remunerado por contar a história de alguém público. Foi assim com Ruy Castro quando escreveu a biografia de Garrincha, um dos maiores jogadores de futebol do mundo. A família pediu 1 milhão de reais para autorizar a publicação. Ele não topou, e uma juíza proibiu o livro.
O biógrafo reúne em um único lugar, todas as facetas da vida do biografado, as públicas e as vividas. Registra e disponibiliza para todos aqueles que conheceram ou não o biografado,fatos, costumes, moda, política, músicas, artes...de um pedaço do Brasil.
Há 15 anos, Roberto Carlos proíbe sua biografia.
Não adianta espernear. É proibido Proibir !
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