sábado, 28 de junho de 2014

SEM GRITO DE GUERRA

Quem está acostumado a assistir jogos de futebol em estádios, sabe que todo time tem um grito de guerra, uma ou mais músicas que empurram o time, aumentam a vibração, explode o coração. Pois é, o Brasil ficou tão ocupado com as manifestações de rua, com a construção do estádios e aeroportos que esqueceu do grito de guerra. Ninguém compôs uma música tipo " Pra frente Brasil, do meu coração...". O que tínhamos de melhor era a música do Banco Itaú, mas que parece passou batida pela torcida. Ficamos mesmo com o já manjado " Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor." É melhor que nada, mas merecíamos um " Hino" novo.
O que despertou a torcida e a comissão técnica, para esse fato tão "relevante", foi a torcida do Chile. Os caras além de animadíssimos, juravam de pé junto, eliminar o Brasil.E tinham grito de guerra !
Bom o que se viu a parir daí, foi no mínimo curioso. Grupinhos de torcedores compondo músicas, na esperança que pegasse, durante o jogo. Alguns mais empolgados, chegaram a distribuir folheto na porta do Mineirão, na tentativa de levantar a galera. Claro que não colou.
No meio desse problema tão grave, durante a semana o técnico Felipe Scolari, veio a público pedindo que a galera cantasse uma música, que segundo ele, é a que embala os jogadores na concentração. Chegou a cantarolar. É, na hora do sufoco até técnico de futebol, apela.
Acho que, como eu, a maioria que foi ao estádio, não conhece a música.
Mas não precisou, O BRASIL ganhou na emoção e no sufoco, e que sufoco.Ganhou nos pênaltis, com um Julio Cesar iluminado.
Que venha a Colômbia !

           1 x 1

                                              Pênaltis:    3 x 2                                            

quinta-feira, 26 de junho de 2014

UMA COPA SEM RACISMO

Acho que todo o mundo lembra de cenas recentes de racismo, envolvendo jogadores de futebol, brasileiros ou não. Situações constrangedoras ora partindo de torcidas, ora partindo de outros jogadores  adversários. Sem dúvida, uma mancha não só para o esporte, mas muito mais para a humanidade.     
                              

É inadmissível, em qualquer lugar do planeta, em qualquer situação, com qualquer pessoa, manifestações de racismo .
Podemos não gostar de alguém, podemos mesmo esbravejar, até xingar, mas nunca, usar a cor da pele, como argumento para o nosso descontentamento, seja lá porque motivo for.




Pois bem, o Brasil reuniu 32 seleções mundiais e se bem me recordo, em todas, salvo algum engano, representantes da raça negra, representam seu país com raça e orgulho.          




              
      
 E acreditem, aquela Copa que todos diziam estar fadada ao fiasco,pelo menos até agora,tem dado a melhor demonstração de amor ao futebol. Apreciando a arte dos jogadores em campo, torcendo por sua seleção favorita, tornando invisível a cor da pele.






terça-feira, 24 de junho de 2014

OS JAPONESES NA COPA

Os japoneses não tem tradição em Copas do Mundo. Em toda sua história essa foi a quinta participação no evento, no entanto, nunca passaram das oitavas de final.
Foram eliminados hoje, mais uma vez. 
Mas se no futebol não são craques, em educação e boas maneiras são um capítulo a parte. Podem dar aula a todas as seleções e a todas as torcidas.








       



   Bela imagem ver os torcedores japoneses recolhendo o próprio lixo, nos estádios.Show de bola ver seus jogadores jogando de forma limpa. Maravilhoso ver sua seleção agradecendo a sua torcida e sendo aplaudidos, como se tivessem passado de fase. A humildade japonesa me encanta, porque na simplicidade, são superiores.

Que o Japão participe de todas as Copas, mesmo que não jogue lá muita bola, jogam um bolão, quando se trata de educação.
ありがとう Japão.

domingo, 22 de junho de 2014

A Copa, Os Argentinos e Os Chilenos

Tudo bem é Copa do Mundo.Tudo bem sempre se bebe um pouco a mais. Tudo bem quando a Copa é no país dos outros.Essa combinação levada aos extremos, é nitroglicerina pura.
É aí que entram nossos "hermanos". Os caras chegaram por aqui, a toda.
Chilenos sem ingresso, querendo comprar o ticket na hora do jogo !?. Consequência? Invasão e quebra quebra no Maracanã. Os argentinos não ficaram atrás. Também pularam muro, empurraram portões e invadiram.
Tanto chilenos e argentinos detidos, tinham ordem da justiça brasileira para deixar o país até ontem, a meia noite. Será  que partiram? Não sei não.
E o pessoal que resolveu acampar em Copacabana? Não pode galera. Estacionar trailer em qualquer lugar, também não.





Ficar bêbado dando alteração, nem com a desculpa da Copa. Fazer xixi na rua, os brasileiros também fazem de vez em quando, mas não pode, vão presos.Lixo jogado na rua, aqui no Rio, paga multa pessoal.








O fato é que tanto Chile como Argentina, tem fama de países, do ponto de vista da educação do povo, exemplos para a América do Sul. Nós brasileiros costumamos ser criticados por todo mundo, como, digamos, exagerados nas ações públicas.Até somos, não é mentira.Mas na hora da verdade, salve-se quem puder, porque a terra dos outros, é casa da mãe Joana.





quarta-feira, 18 de junho de 2014

O Físico

Mais uma estréia, mais uma dica de cinema. O Físico - imperdível!

Quem lembra do livro de mesmo nome do incrível escritor Noah Gordon, sabe que não dá para perder essa. Até porque o livro tem 592 páginas e meio que dá uma preguiça danada de ler.Mas é ótimo.Assim, se a preguiça bateu na hora de ler o livro, saia da inércia , vá ao cinema e conheça uma estória fantástica.

O filme tem 2h35min de duração, mas acredite,passa em 5 minutos.
O Físico, na verdade no original, The Physician, não tem nada de física. Por algum vacilo do tradutor, O Médico, título do livro, foi traduzido de forma equivocada. Bom, mas isso não tem importância.
O filme conta a estória de um rapaz chamado Rob Cole, na Inglaterra do século XI, que é aprendiz de barbeiro. Não, barbeiro, naquela época, não era o profissional que cortava cabelo, era uma espécie de curandeiro-cirurgião, a única esperança de cura para muitos.Cole descobre que na Pérsia existe uma escola de cirurgiões, onde leciona um famoso médico. Só existe um problema. A Universidade não pode ser frequentada por cristãos. Assim, decidido a conhecer tudo que a medicina árabe/judaica podia oferecer, Cole viaja em direção à Pérsia, disfarçado de judeu.
Além da excelente recriação histórica, com a revelação de fatos impressionantes, o filme mistura drama, aventura e comédia. 
Estréia dia 26/6/2014.Vá ao cinema. Fica a dica.

O último amor de Mr. Morgan

Em tempos de Copa do Mundo, a vida fica meio que estancada, aguardando os gols do Brasil, mas cinema é sempre muito bom, então não dá para deixar passar os bons filmes.
Assim, entre um jogo e outro, vale a pena dar um pulinho ao cinema mais próximo para ver  O último amor de Mr. Morgan. O filme com o craque Michael Caine, tem sotaque francês, e conta a estória de um professor, viúvo, metódico, que leva uma vida sem sal. 
Como a vida nos presenteia com surpresas todos os dias, não foi diferente com Mr.Morgan. Ele conhece uma professora de dança, que o encanta e o devolve à vida. Apesar do filme sugerir em vários momentos que o professor se apaixona pela garota, na minha opinião, a paixão é pela juventude e alegria, que ela representa, que ele recupera de certa forma, trazendo-o de volta ao mundo real.
Vale a pena conferir.Estréia dia 26/6/2014.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Meu BRASIL brasileiro

Os brasileiros descobriram, ano passado, que tinham voz. Foram para as ruas, no início timidamente, para depois colocar milhares de pessoas nas ruas. As reivindicações levantaram a bandeira da educação, saúde, transporte... tudo. O Brasil não está mesmo em boa fase.
E aí a Copa foi chegando, os estádios demorando, a FIFA reclamando, o país mundialmente exposto,devido a tantas trapalhadas, e então os brasileiros descobriram que a Copa do Mundo 2014, seria no Brasil. Estranho, mas foi o que pareceu. O pessoal voltou para as ruas, agora para pedir padrão FIFA para a educação, saúde,etc. E com uma bandeira a mais: Não vai haver Copa ! Mais uma vez estranho. Dizer que não haveria Copa, a essa altura do campeonato, era mais ou menos como dizer que não vamos morrer. Impossível.
O anti-clima tomou conta do país.O desânimo bateu forte não só naqueles que foram para as ruas, mas em todos, mesmo naqueles que consideravam absurdo aqueles protestos. A consequência imediata foi a frieza diante de um evento tão importante para quem gosta e para quem não gosta de futebol, a paixão nacional. Mas como não curtir a Copa no Brasil? Tão cedo não teremos outra...pelo menos em sã consciência, a FIFA não passa em terras tupiniquins nos próximos mil anos. Mas por outro lado, comprar camisa da seleção, enfeitar as ruas, combinar aquele churrasco, parecia profano. Não dá para ir paras ruas dizer não à Copa e ao mesmo tempo rasgar o coração pelo time verde e amarelo. Alguém disse, é como sambar sobre uma tumba. 
Mas o dia foi chegando e bem devagar, quase que com vergonha, começou a aparecer uma bandeira aqui,outra acolá. E quase às vésperas do primeiro jogo, as ruas se decoraram, o coração começou a bater mais forte.
No dia do primeiro jogo, os batimentos do coração de um senhor que assistiu ao jogo em casa, foi monitorado.O maior número de batidas não foi antes do jogo, após os gols ou a certeza da vitória. Foi durante o Hino Nacional. 151 batidas de pura emoção.
E foi assim com todos os brasileiros, tenho certeza. Cantar o hino brasileiro arrepiou. As pessoas cantaram com paixão, com lágrimas nos olhos. Gritaram exorcizando todos os fantasmas pré-Copa.Rasgaram o coração desejando um Brasil melhor.E continuaram cantando à capela, mostrando para o mundo, esse é o meu Brasil, eu sou brasileiro.
Não sei se o país vai melhorar, se as pessoas voltarão para as ruas e muito menos se o Brasil será o campeão do mundo.Não importa. Já valeu.
O momento mais importante dos nossos jogos está sendo a emoção agarrada, abraçada com o Hino Nacional.Apesar dos pesares, ainda nos orgulhamos de ser brasileiros.