Hoje, desde a madrugada, aconteceu uma manifestação indígena - popular, ao lado do Maracanã, no antigo Museu do Índio,que se estendeu por toda a manhã, atrapalhando o trânsito e a vida de quem tinha que trabalhar.
Moro nas cercanias do Maracanã a mais de 30 anos.A Radial Oeste, via onde fica o Museu, foi meu caminho para o trabalho por muitos e muitos anos. Pois bem.Nunca vi um só Cocar por ali, em todos esses anos.Acho que mesmo na época em que era realmente um museu, nem um índio deu o ar da graça por lá.
Há muitos anos o prédio está acabado, em ruínas, com mato alto por todos os lados. Museu ??!!
Desde que começou o movimento de reforma do Maracanã, alguns índios, vindos sei lá de onde, resolveram montar a oca por lá.Dizem que estão lá desde 2006. E o Cocar ? Nunca vi.
Pra mim esse movimento é oportunista e orquestrado. Os índios quiseram fazer fumaça e literalmente fizeram, colocando fogo na palhoça e ameaçando as árvores ao redor.
Não dá pra culpar a polícia e o poder público do estado, por tirá-los à força.
Quando o Rio de Janeiro assumiu o compromisso de fazer a Copa do Mundo e as Olimpíadas, sabia-se que coisas desse tipo iriam acontecer. Não dá pra fazer omelete sem quebrar os ovos.
A memória da cultura indígena precisa ser preservada sim, mas com dignidade. E pra isso, existe um Museu do índio, de verdade, em Botafogo.
Os índios precisam de moradia sim, mas com dignidade. Se querem morar na cidade, que sejam civilizados.Do contrário, cocar, penas, adornos e a floresta.
Como arquiteta não posso deixar de contextualizar a questão em post.
ResponderExcluirO Museu do Índio do Rio de Janeiro é um órgão científico-cultural da Fundação Nacional do Índio. Foi criado pelo saudoso antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro.
Única instituição oficial no Brasil exclusivamente dedicada às culturas indígenas, tem como objetivo divulgar uma imagem correta, atualizada e desprovida de preconceitos dessas sociedades junto a públicos diversos, despertando, dessa forma, o interesse pela causa indígena.
Seu primeiro endereço foi um casarão na Rua Mata Machado no bairro do Maracanã. Em 1978, mudou-se para um sobrado do século XIX na Rua das Palmeiras, no bairro de Botafogo.
A demolição do prédio original seria uma aberração do atual Governo do Estado do Rio de Janeiro, uma vez que, o prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico mas, como tudo que pertence ao Governo é o retrato do abandono, uma vergonha.
Interessante destacar e ressaltar o abandono pelo Governo (Municipal, Estadual e Federal) da maioria dos prédios de interesse histórico de nossa Cidade, sob a alegação de falta de verba para restauração, tais como:
** Hospital São Francisco de Assis, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, localizado na Avenida Presidente Vargas, 2863, no Centro, em foto de outubro de 2010. Atualmente, funciona com apenas 40% de sua capacidade .
** Prédio onde funcionou a primeira fábrica de gás, do Rio de Janeiro, localizado na avenida Presidente Vargas, no Centro. Em outubro de 2012, a prefeitura cedeu o prédio para a Microsoft usar as instalações, mas ainda nenhuma reforma começou.
** O Hotel Bragança, no bairro da Lapa, região onde, após a instalação de UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) em Santa Teresa, teve valorização dos casarões antigos, permanece abandonado. As famílias que ali moravam foram expulsas e, atualmente, está fechado.
** O asilo São Cornélio, localizado na rua do Catete, no bairro da Glória foi alugado para uma empresa que pretendia fazer um hospital, mas não recebeu autorização e está abandonado há seis anos. As famílias que ali moravam foram expulsas e, atualmente, está fechado.
** O Solar dos Abacaxis, na rua Cosme Velho, está à venda há dez anos, e já foi invadido diversas vezes.
** O Largo do Boticário, tombado como Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro, localizado na rua Cosme Velho, está abandonado e é alvo de ocupações de sem teto .
** Antigo Instituto de Eletrotécnica e Escola de Comunicação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na Rua Visconde do Rio Branco, na Praça da República. O prédio está abandonado há sete anos. Existiam projetos que pretendiam torna-lo sede de um Museu do Carnaval, mas atualmente o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) pretende que ali funcione o Centro Nacional de Arqueologia.
** O antigo Solar do Visconde do Rio Seco, localizado na Praça da República, no Centro, possui uma placa informando que as obras serão feitas, mas nada acontece desde 2008.
** Localizada em pleno centro nervoso do Rio de Janeiro, próximo ao Campo de Santana, a Escola de Teatro Martins Pena, a primeira da América Latina, criada em 1908, sofre com os maus tratos e abandono.
** A estrutura da Escola de Teatro Martins Pena é precária, com poças d'água causadas pela chuva em um dos teatros, falta de iluminação, fios soltos e cômodos que deveriam servir de coxia abandonados.
** Casa onde morou o pintor Cândido Portinari, na década de 1940, na rua Cosme Velho, 343. O prédio está fechado há anos, esperando um acordo entre os donos e a Prefeitura para o pagamento de dívidas do IPTU.
Sempre tenho a impressão que o Governo fica esperando que a Fundação Roberto Marinho tome a frente do processo de restauração do patrimônio em processo de deteriorização.
Continuando ...
ResponderExcluirQuanto aos índios, confesso que, eventualmente via um "indiozinho" no prédio ou na redondeza mas, certamente, não na quantidade apresentada pela imprensa no dia de ontem.
O que me espanta é a participação de alguns manifestantes, com a apresentação inclusive de números de striptease. Lamentável !!!
Não podemos esquecer que, as autoridades estavam tão somente cumprindo determinação judicial.
A violência foi uma resposta a reação não dos índios, mas os manifestantes.
O pior é o questionamento dos indíos sobre a localização das novas acomodações ... não gostaram de Jacarepaguá, longe do Centro do Rio. O que dizer? Louco mundo que vivemos.
Mais uma vez espantada frente aos questionamentos, afinal, o que esperar de um Governo que organiza a retirada dos índios de uma edificação localizada em área de trânsito intenso, na hora do rush? Por que não organizar/realizar a operação no fim de semana?
Realmente não entendo ... estou ficando burra !!!
Valeu pelo comentário.Apesar de discordar de você quanto ao museu em questão, a bronca é livre.Continue dando sua opinião.
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