quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O Mordomo da Casa Branca ( The Butler )


O Mordomo da Casa Branca é um filme que fala sobre segregação racial, um tema recorrente sobre o qual já assistimos dezenas de produções cinematográficas, com enfoques diferentes, as vezes os mesmos, algumas melosas, outras clichês..., mas o fato é que falar sobre racismo, quase sempre dá uma boa história.
Se o diretor for bom e reunir um elenco de craques, aí o sucesso é certo.

Acho que por aqui, O Mordomo não fez o sucesso que merecia, mas eu recomendo que, quem não viu, deve ver.

O diretor é o americano (não podia deixar de ser) Lee Daniels, que dirigiu Obsessão, Preciosa, A última ceia, entre outros. Na minha opinião, O Mordomo é o melhor trabalho de Daniels. Ele conseguiu fazer um recorte na história americana, no seu lado mais vergonhoso, e acertar a mão para contar a vida de um negro vivido por Forest Whitaker.

A história começa no início do século passado,num campo de algodão, quando o garoto Cecil Gaines vê sua mãe ser estuprada e seu pai morto pelo filho da dona da fazenda (vivida por Vanessa Redgrave), onde trabalhavam. A dona então, leva o moleque para ser um " preto de casa ", onde ele aprende a servir à mesa. Anos mais tarde, ele foge do único mundo que conhecia até então. Consegue um emprego em uma casa de rico, onde ele aprende a " ser invisível ", a se antecipar aos " desejos dos brancos ", ser " duas caras ".
Com essa atitude Gaines chega à Casa Branca, como o mordomo que vai servir a vários presidentes dos Estados Unidos.
Gaines aprendeu a ser um negro num mundo de brancos e é agradecido por isso, mas seu filho mais velho, não. Luta pela igualdade racial, pondo em risco a vida.

Gaines vive o conflito de servir ao presidente e ter seu filho lutando contra as instituições.
Por outro lado, precisa administrar sua vida em família com uma mulher que reclama sua ausência constante, chora e teme pela vida do filho e se envolve com o álcool.

O filme reúne um grande elenco de atores de expressão, mas Forest Whitaker como Gaines e Oprah Winfrey, como Gloria, sua esposa, estão imperdíveis.
Acho que tem cheirinho de Oscar.

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