Crítico de cinema avalia bem, filmes que contam a história de forma transversa, nunca linear. Usa muitos flashbacks, muitas memórias do personagem principal, para explicar seu comportamento atual. Abusa dos efeitos especiais, visuais e movimentação de câmera. Utiliza diversos planos, um olhar instigador. Se for um pouco noir então, é a glória. Birdman, que já falei aqui no blog, é um bom exemplo do que quero dizer.
Bem, Olhos Grandes não é nada disso. É simples, como a dona de casa Margaret Keane. É claro, é linear, não tem memórias a serem resgatadas e que explicam o psicológico da personagem. As coisas são contadas, na ordem que aconteceram. A câmera do diretor parece parada, esperando que os fatos passem por ela. E mesmo assim, é um filme gostoso de ver. Quem disse que filmes descomplicados não podem ser bons? Quem disse que filmes comerciais não agradam?

Um dia ele foge, com sua filha, de um marido opressor. Na cidade que escolhe para viver, conhece um pintor,com quem se casa, sedutor, charmoso, fanfarrão, que se apossa de suas obras, como se fossem suas. Walter Keane, seu marido, tem talento para negócios e uma boa lábia, que garante que os quadros de Margaret se tornem famosos e os tornem ricos.
Após alguns anos se escondendo, Margaret apela para os tribunais para provar que as obras são de fato, de sua autoria. Simples assim.


Os atores, já premiados com o Oscar, Amy Adams e Christoph Waltz desempenham os papéis de Sr. e Sra Keane sem dificuldades, mas sempre com talento.
Vale conferir.
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