sexta-feira, 17 de maio de 2013

Importação de MÉDICOS

O governo federal anunciou a meta de 2,5 médicos por 1000 habitantes.Esse índice será facilmente atingido em 8 anos, sem intervenção do governo, uma vez que o país chega perto dos 400 mil médicos, o que hoje já permite ter a taxa de 2 médicos por 1000 habitantes, segundo o Cremesp,em relatório de fevereiro de 2013.
Ora, então qual a razão para importar médicos de Cuba, Bolívia e Argentina?
A qualidade dos cursos desses países é questionada pela comunidade médica brasileira.
Em geral, aqueles estudantes que não conseguem passar para universidades públicas, no Brasil e não conseguem pagar pelos cursos particulares, que são caríssimos, tentam a sorte naqueles países.
Parece que o governo brasileiro, que tem "exigido" qualidade dos cursos das universidades brasileiras, não permitindo a abertura de novas vagas em algumas faculdades de medicina, não pretende revalidar o diploma dos profissionais importados, através de prova, afrouxando as regras existentes.
O que ocorre no Brasil é a má distribuição da medicina, a desigualdade de distribuição de médicos pelas regiões do país. Some-se a isso,a péssima gestão da coisa pública.
Os estudantes, após formados, tendem a migrar para o sudeste e para as grandes capitais em busca de melhores salários e infraestrutura de trabalho.Nesses centros, trabalham em consultórios, se submetendo a ganhar uma miséria dos planos de saúde.Aqueles mesmos planos para os quais pagamos uma fortuna,mensalmente.Outros trabalham em plantões nos hospitais públicos, sem nenhuma condição de atendimento.Falta medicamento,limpeza,leitos,administração......e profissionais !Como se estão concentrados no sudeste e nas grandes capitais? Como se estamos tão perto da meta do governo?
O Brasil tem tradição de não construir para colher os frutos mais a frente.Opta,sempre, pelas soluções mais fáceis e mais imediatas.
Tem sido assim em vários setores, seja na economia (reduz IPI),na educação(cria cotas), na saúde(importa médicos),e por aí vai.
Hoje importamos médicos, amanhã engenheiros, depois economistas(aliás estamos precisando), professores, doutores.....
Enquanto o Brasil não apostar todas as fichas numa educação de verdade,com qualidade, começando no primeiro ano de ingresso da criança na escola, nossa balança comercial sempre será deficitária e nosso capital intelectual medíocre.

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