Joaquim Barbosa é um desses brasileiros dos quais sentimos orgulho.É íntegro, correto, firme e implacável quando se trata de corrupção e falcatruas.Assim ele se mostrou no caso do mensalão.
Nasceu de uma família pobre, foi faxineiro, batalhou, estudou, fez doutorado no exterior, fala vários idiomas e é ministro do STF.Venceu pelas próprias pernas.Essa é a face do Joaquim Barbosa que ficamos conhecendo durante o processo do mensalão.
Ficou famoso nas redes sociais e apontado por muitos, como um forte candidato a Presidente do Brasil.
Mas apesar de ser um orgulho para si mesmo e para todos os brasileiros, e só ter motivos para seguir adiante, o ministro não conseguiu superar o fato de ser negro, num país com 50% de negros, mas que segundo ele, continua a ser um país de brancos.Como se o fato de ser negro precisasse ser superado, somos todos um pouco negro.
O ministro não perdoa o Brasil por ser de origem humilde,negro e ter batalhado com muito suor para ser alguém.
A cada aparição pública do Joaquim Barbosa, eu me decepciono um pouco. Ele tem mostrado um lado amargo, rancoroso, autoritário e muitas vezes mal educado.As dores do ministro não são apenas na coluna, são também na alma.
Triste ver alguém quem consideramos um exemplo, mandar um jornalista voltar para o seu lugar e chafurdar como os repórteres sempre fazem. Desaponta ver o ministro, representando o Brasil em um Congresso sobre a liberdade de imprensa, na Costa Rica, falar tão mal das nossas instituições e o pior, em inglês.Não bastando relatar de forma exagerada, tendenciosa e pejorativa as nossas idiossincrasias,o ministro renegou também o português. A bronca é livre,e assim deve ser, dentro do Brasil.Fora do Brasil, o que esperamos de uma pessoa do Supremo Tribunal Federal é a imparcialidade analítica.
A dor está marcada a ferro e fogo na alma do ministro.
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